ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA
YOLANDINA DE MELO SILVA
Escola
Municipal de São José existe há mais de um século período em que o “arraial” de
São José pertencia à cidade de Ouro Preto. A localidade recebeu este nome,
válido até os dias de hoje, em homenagem ao seu santo padroeiro.
Neste
período, a escola funcionava na casa dos próprios professores. As turmas além
das séries, eram divididas por sexo. O professor que lecionava para o sexo
masculino era o Sr. João Francisco dos Santos Sobrinho. E a professora Delzina
dos Reis Machado, lecionava para as turmas do sexo feminino. Professor João
Francisco veio de Ouro Preto com a exclusiva tarefa de lecionar e nesta
localidade fixou residência até sua morte.
Após
este período, a escola passou a funcionar em espaços cedidos por membros da própria
comunidade. Na casa do Sr. Eugênio Lagares, avô da professora Carmem Rodrigues
durante os dois turnos, funcionavam classes de alunos da 2ª e 3ª séries. Já na
residência do Sr. Francisco Gomes da Costa, também em dois turnos, funcionava
classe de alunos da 1ª série.
Em
1952, na gestão do prefeito Abelardo Duarte Passos, foi doado pela Prefeitura
Municipal de Brumadinho, uma casa em que a escola passou a funcionar. Nesta
fase foi criada a 4ª série e na escola lecionavam as professoras: Fani Alves
Brasileira de Vale e Carmem Rodrigues Campos, grandes mestras abnegadas.
Em
1960, no governo do Sr. Magalhães Pinto, foi construído um prédio (construção
metálica), em terreno doado pela professora Carmem Rodrigues Campos, em que
funcionou até 1979. Por ser uma estrutura metálica, o prédio era extremamente
quente, fato que causava desconforto aos alunos e professores que ali se
instalaram. O fato das salas conterem aproximadamente 40 alunos agravava ainda
mais a situação. Estes alunos residiam em localidades próximas à São José que
era a única da região que havia escola. Por não haver transporte, estas
crianças iam a pé até a escola, uma caminhada de aproximadamente uma hora e
meia. Muitas vezes o marido da professora Fani Alves ao passar por essas
localidades, levava as crianças até a escola de caminhão.
A
Escola Estadual de São José do Paraopeba funcionava com doações da comunidade e
como não havia cantineira, as professoras pagavam com recursos próprios uma
moradora da comunidade que então cozinhava, em precárias condições, num monte
de pedras que simulavam um fogão a lenha.
A
escola era dirigida e administrada pelas próprias professoras que nela
lecionavam. Com apoio pedagógico que havia em Brumadinho, na Prefeitura
Municipal, reuniões semanais aconteciam com a presença da inspetora de ensino
de Belo Horizonte, a Sra. Marlene Alves. Em alguns períodos, as professoras
ficavam uma semana inteira em Brumadinho onde assistiam aulas que, segundo a
Sra. Carmem Rodrigues, contribuíam muito para sua prática e das demais
professoras.
Em
1979, o prédio de construção metálica foi demolido e outro foi construído na
administração do prefeito Cândido Amabis Neto, onde funciona a escola até a
presente data.
A
Escola “São José do Paraopeba” foi municipalizada em 04/02/1994 na
administração do prefeito Antônio do Carmo Neto. Em 25/04/1995, ainda na
administração do prefeito Antônio do Carmo Neto, passou a se chamar Escola
Municipal “Professora Yolandina de Melo Silva”, conforme publicação oficial.
A
escola desenvolve um projeto de tempo integral com alunos que apresentam
dificuldades na aprendizagem. Faz um trabalho de parceria com a escola de
Marinhos, devido à sua proximidade com esta localidade. Participa das festas
tradicionais como a festa da padroeira, congado no Sapé, desfiles cívicos etc.
Biografia Professora Yolandina De Melo Silva
Yolandina
nasceu em Ouro Preto. Seu nome teve origem com o diminutivo de Yollanda. Sua
mãe era professora de piano e o pai jornalista. Aos treze anos teve a adolescência
marcada pela morte da mãe após o parto.
Cresceu
e estudou em Ouro Preto. Escolheu a profissão orientada pelas tias. Foi
enfermeira em um hospital administrado por freiras alemãs, onde também aprendeu
a falar o idioma.
Ao
ser nomeada para trabalhar no Vale do Paraopeba, veio morar em Moeda, com sua
tia Targina Peixoto. Em 1929 começou a trabalhar nas Escolas Combinadas de
Sapé, São José, Marinhos e Martins. Trabalhava de manhã, de tarde e de noite,
fazia todo o trajeto a cavalo. Durante este período (1929 à 1941) casou-se com
o Sr. Eduardo Ducersino.
Devido
a profissão do marido (comerciante) mudou-se para Moeda, onde lecionou até
1962.
Em
1962, a convite do então prefeito Sr. Abelardo, foi coordenadora do curso de
admissão do ginásio São Sebastião e secretária do mesmo entre 1962 e 1972.
Yolandina
teve seis filhos. Sua convivência com a família era saudável, de muita união e
carinho. Fazia grande esforço para estudar os filhos. Sua maior virtude era a
caridade, tratava a todos com cortesia. Em 1972 parou de lecionar e dedicou-se
a pintura. Quatro anos de morrer teve seu primeiro neto (Cristiano).
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